húmus
o cheiro húmido da terra fria
traz o sabor a água, o sabor a sal, o sabor de um qualquer néctar transparente,
a teixtura de todos os anos que até ao momento passaram.
damos nomes irrisórios aos cenários que não conseguimos catalogar, àqueles cenários que interruptamente presenciamos juntos e com eles fortalecemos amarras feitas de areia grossa,
de conchas e de flores esmagadas numa qualquer pedra de jardim. gargalhadas adocicadas pela compota de pérolas, são pano de fundo para uma atmosfera que construímos neste
curto-longo espaço de tempo. Laços de sangue e laços de puro linho entrecortados por palavras sem sentido previsto, numa noite fria de Verão
deslizamos pelas ruas recentemente pavimentadas, aquecidos pela agridoce respiração dos dias, enregelados pelo suave balouçar das vagas que rebentam furiosamente no fim de um adormecer da velha estrela,
esquecemos como tudo começou.
não importam os extremos da corda....
interessam sim os nós que se dão entretanto
[e caem estrelas na noite branca]
elsa afonso
17 anos
escola secundária de bocage, setúbal
4 comments:
Caramba, o tempo passa depressa.
Espero que esteja tudo bem.
*
G.
Húmus da terra. Obrigado.
como tu andas.... ai ai...
Aos 17 anos eu não escrevia assim. Blog fantástico! Perdoa-me a intromissão nele :)
Beijo!
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